terça-feira, 4 de dezembro de 2012

BOCA LIVRE

BOCA LIVRE: beleza2012


O link acima é blog do Beleza , antigo morador da comunidade, que busca registrar e acompanhar os movimentos e ações desenvolvidas dentro do bairro Restinga. segue o trecho de uma postagem:

O MENOSPRESO AOS POBRES O departamento Municipal de Habitação da prefeitura Municipal de porto alegre – DEMHAB ( declaração do então diretor do desta autarquia, Milton Pazzolo) iniciará hoje a remoção das malocas que estão impedindo o prolongamento da Av. Princesa Isabel, próximo a Av. Ipiranga, cerca de 80 casebres que impedem o prolongamento d1aquela artéria, que por coincidência é a rua da sede do DEMHAB, SERÃO REMOVIDIOS PARA A Restinga, onde já se encontram os moradores que habitavam a Vila Ilhota ( ZH, 10/07/1967, p14 e produção da periferia Nola Gamalho). O que está transcrito acima era forma corriqueira com as autoridades e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, publicavam em jornais de grande circulação na Capital e Rio Grande do Sul, era a prática que as autoridades tratavam seu concidadão menos favorecidos na hierarquia do extrato social vigente e não difere muito da essência da sua prática velada no tratamento dado nos dias atuais. Dessa maneira as remoções vão se sucedendo anos após anos para um verdadeiro “CAMPO DE CONCENTRAÇÃO” com as mudanças de governantes dos anos de chumbo. Não há a menor ética na abordagem nas mais diferentes situações na completa ausência de manejo, respeito e dignidade daqueles indivíduos “sem eira e nem beira” (sic). Tais políticos até os dias de hoje não dão a mínima importância ou fazem questão de facilitar a busca da cidadania em favor dos SEM TETOS. Além do mais, uma política restauradora onde os chefes de famílias pudessem tocar sua vida sendo feliz, criar os filhos com o mínimo de dignidade; progredir nas suas alternativas da sua existência. Aliás, os senhores políticos em sua maioria continuam ignorando as inúmeras dificuldades que passam os trabalhadores. Vejam os problemas da educação dos seus filhos; os problemas com atendimento a saúde; os problemas com transporte coletivo – ônibus lotado; não cumprem horários; culpam os usuários; os problemas de moradias; o lazer onde será que anda? - aparecem projetos maravilhosos, mas sem efetivá-los concretamente após as eleições periódicas; a cultura não existe políticas, não respeitam e dizem que arte não é para pobre, não tem cinema, não tem atelier, não há qualquer forma de expressão e critica das suas vivências; não há diversão, “eles não precisam, podem se divertir brincando de soldado e ladrão no escuro das ruas” - “ai não querem criminalidade” - e noticiam “CRACK NEM PENSAR”. Será que é porque existe alguém da sua classe enfiado até o pescoço na droga e na criminalidade? E quem vai para cadeia o filho de trabalhadores, negros e desempregados...E o lixo urbano e industrial não há programas voltados para educação ambiental que leve em consideração a evolução das crianças e adolescentes; filho de pobre é “dimenor” e etc., etc... . Dessa maneira, defendemos o enfoque da coletividade, poderiam assenhorear-se das relações e dificuldades para encontrar soluções participativas, onde os indivíduos sendo sujeitos da sua história e para soluções dos problemas diários acima referidos neste texto. Mas há indivíduos do nosso próprio meio social, ditas lideranças comunitárias, que não compreendem a importância do seu papel na sociedade e nos movimentos sociais, são papéis diferentes, estes aplicam a falácia autoritária, achando esta prática estaria contribuindo com a autonomia das comunidades. Assim, é muito importante que todo, independente do gosto pessoal por esta ou aquela pessoa, ser um facilitador da organização popular, verdadeiramente, terá o reconhecimento dos seus iguais e das referências locais para seu desenvolvimento como cidadão consciente dos seus direitos e deveres. Quanto mais criarmos problemas para nós mesmos, mais dificilmente encontraremos respostas, deixando de estar presente na construção do mundo sem violência, sem drogas, ou seja, um mundo de paz, tão necessária nos dias atual da vida. Jose Carlos Beleza / mar/2011

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