sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Poder da Memória


Link para  o blog do projeto de educação patrimonial realizado na Conceição, na escola que leva o nome da vila que foi removida, assim como outras, para a Restinga.




O Poder da Memória : O Poder da Memória -Projeto de Educação Patrimonia...: O  PODER DA MEMÓRIA PROJETO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DA ESCOLA SANTA LUZIA Reconhecer  que  todos  os  povos  produzem cultur...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

“Todas as Restingas”




“Todas as Restingas”

Restingueiros de todos os cantos:
das casas de alvenaria, das casas de madeira.
Vocês que lutam e trabalham uma vida inteira!
A gente veio aqui pra contar uma história...
a tua história, a história da tua família
do teu bairro, da tua cidade.
Nós catamos essa história da boca povo.
Chegou a nossa hora falar.
Que a dor dos que vieram antes destrua ilusões!
Que nossa voz se espalhe pela cidade!
Ninguém nunca deu nada de graça pra pobre nenhum...
Foi a gente que trabalhou e construiu o nosso bairro.
Ô Restinga Velha, Restinga Nova, Bairro Vermelho e Elo Perdido!
Pode chegar Beco dos Bita, Rocinha, Flor da Restinga!
E aí, Povo da Cruzeiro, da Tuca, da Vila Dique, Icaraí!
Fala Morro da Cruz, Bom Jesus, Chocolatão, Vila Pedreira!
Todas as vilas de todos os cantos da cidade se preparem
Porque a história vai começar!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Velha Restinga



A falta de água, de energia elétrica, de escolas, de postos de saúde por si só depõe contra aqueles que, sob falhas administrativas, mantém uma postura voltada tão somente para a manutenção de privilégios e regalias a uns poucos e desprezo ou indiferença pela grande maioria. A prática administrativa dos governos, repensáveis pela implantação da Vila Restinga, reflete seus compromissos unicamente com os interesses políticos, econômicos e financeiros.
A Vila Restinga aparece nos documentos oficiais da época como um amontoado de quadros estatísticos.
      Os primeiros moradores removidos para a Restinga propiciaram aos responsáveis pelo projeto “ Remover para Promover” a necessária promoção política para encaminhá-los aos parlamentos estaduais e municipais. A solução das precariedades e falhas do projeto ficou sob responsabilidade da população.

Trecho de 'Memória dos Bairros - Restinga, de Marion Kruse Nunes. SMC 1990.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

OLUFÉ!

OLUFÉ CAPOEIRA

O link acima leva pra página do GRUPO ÌDÁJO OLÙFÉ IMÓ de Capoeira, do Mestre Bolívar, que há muito tempo vem oportunizando a juventude do bairro restinga o contato com a cultura da capoeira e ao desenvolvimento de sua cidadania.

BOCA LIVRE

BOCA LIVRE: beleza2012


O link acima é blog do Beleza , antigo morador da comunidade, que busca registrar e acompanhar os movimentos e ações desenvolvidas dentro do bairro Restinga. segue o trecho de uma postagem:

O MENOSPRESO AOS POBRES O departamento Municipal de Habitação da prefeitura Municipal de porto alegre – DEMHAB ( declaração do então diretor do desta autarquia, Milton Pazzolo) iniciará hoje a remoção das malocas que estão impedindo o prolongamento da Av. Princesa Isabel, próximo a Av. Ipiranga, cerca de 80 casebres que impedem o prolongamento d1aquela artéria, que por coincidência é a rua da sede do DEMHAB, SERÃO REMOVIDIOS PARA A Restinga, onde já se encontram os moradores que habitavam a Vila Ilhota ( ZH, 10/07/1967, p14 e produção da periferia Nola Gamalho). O que está transcrito acima era forma corriqueira com as autoridades e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, publicavam em jornais de grande circulação na Capital e Rio Grande do Sul, era a prática que as autoridades tratavam seu concidadão menos favorecidos na hierarquia do extrato social vigente e não difere muito da essência da sua prática velada no tratamento dado nos dias atuais. Dessa maneira as remoções vão se sucedendo anos após anos para um verdadeiro “CAMPO DE CONCENTRAÇÃO” com as mudanças de governantes dos anos de chumbo. Não há a menor ética na abordagem nas mais diferentes situações na completa ausência de manejo, respeito e dignidade daqueles indivíduos “sem eira e nem beira” (sic). Tais políticos até os dias de hoje não dão a mínima importância ou fazem questão de facilitar a busca da cidadania em favor dos SEM TETOS. Além do mais, uma política restauradora onde os chefes de famílias pudessem tocar sua vida sendo feliz, criar os filhos com o mínimo de dignidade; progredir nas suas alternativas da sua existência. Aliás, os senhores políticos em sua maioria continuam ignorando as inúmeras dificuldades que passam os trabalhadores. Vejam os problemas da educação dos seus filhos; os problemas com atendimento a saúde; os problemas com transporte coletivo – ônibus lotado; não cumprem horários; culpam os usuários; os problemas de moradias; o lazer onde será que anda? - aparecem projetos maravilhosos, mas sem efetivá-los concretamente após as eleições periódicas; a cultura não existe políticas, não respeitam e dizem que arte não é para pobre, não tem cinema, não tem atelier, não há qualquer forma de expressão e critica das suas vivências; não há diversão, “eles não precisam, podem se divertir brincando de soldado e ladrão no escuro das ruas” - “ai não querem criminalidade” - e noticiam “CRACK NEM PENSAR”. Será que é porque existe alguém da sua classe enfiado até o pescoço na droga e na criminalidade? E quem vai para cadeia o filho de trabalhadores, negros e desempregados...E o lixo urbano e industrial não há programas voltados para educação ambiental que leve em consideração a evolução das crianças e adolescentes; filho de pobre é “dimenor” e etc., etc... . Dessa maneira, defendemos o enfoque da coletividade, poderiam assenhorear-se das relações e dificuldades para encontrar soluções participativas, onde os indivíduos sendo sujeitos da sua história e para soluções dos problemas diários acima referidos neste texto. Mas há indivíduos do nosso próprio meio social, ditas lideranças comunitárias, que não compreendem a importância do seu papel na sociedade e nos movimentos sociais, são papéis diferentes, estes aplicam a falácia autoritária, achando esta prática estaria contribuindo com a autonomia das comunidades. Assim, é muito importante que todo, independente do gosto pessoal por esta ou aquela pessoa, ser um facilitador da organização popular, verdadeiramente, terá o reconhecimento dos seus iguais e das referências locais para seu desenvolvimento como cidadão consciente dos seus direitos e deveres. Quanto mais criarmos problemas para nós mesmos, mais dificilmente encontraremos respostas, deixando de estar presente na construção do mundo sem violência, sem drogas, ou seja, um mundo de paz, tão necessária nos dias atual da vida. Jose Carlos Beleza / mar/2011